Moradores reclamam que mudança de prazos faz com que tenham que morar na casa de parentes ou pagar aluguel
Marina Gazzoni, iG São Paulo | 04/12/2010 13:12Consumidores percorreram o centro de São Paulo para protestar contra os atrasos de obras dos empreendimentos da construtora Tenda. Eles usaram apito, nariz de palhaço, soltaram rojão e puxaram coros de "não compre" e "ão ão ão meu imóvel é ilusão" para chamar a atenção ao problema. Houve protestos também no Rio e em Belo Horizonte.
Anderson, soltando fogos para chmar atenção dos passantes para a nossa manifestação |
O casal Thomas Leal e Gabriele de Oliveira vendeu o carro para dar uma entrada de R$ 25 mil em um imóvel em construção em 2008. Com a expectativa de receber o apartamento em março de 2009, eles agendaram o casamento para julho do ano passado. A obra atrasou e eles adiaram o casamento para fevereiro do ano que vem. Eles já tinham encomendado móveis planejados e toda a mobília da casa deles está guardada na casa de parentes.
Casal Thomas e Gabriele |
O técnico de segurança do trabalho Rafael de Andrade deixou de começar um curso universitário porque a entrega do seu apartamento atrasou. Ele reside hoje em Itaquera, na zona leste de São Paulo, mas planeja estudar em uma universidade da zona sul. “Eu queria estudar na Vila Olímpia e fiquei esperando o apartamento ficar pronto pra não ter que pegar tanto trânsito. Perdi um ano”, diz Andrade. O técnico mora com a família em um apartamento alugado e estuda processar a construtora. “Esse dinheiro é perdido. Eu poderia estar pagando pelo que é meu” , afirma.
A manifestação deste sábado foi a segunda organizada pelos clientes da empresa. Anderson dos Santos, um dos organizadores do protesto, disse que os clientes vão esperar uma resposta da companhia. A Tenda entrou em contato com e disse que vai se esforçar para resolver os problemas dos empreendimentos.
Em nota, a construtora informou que “os atrasos na entrega de algumas unidades se deram em virtude da ocorrência de fatos alheios ao controle da companhia, como período de chuva acima da média normal e do crescimento significativo do setor da construção civil”. A empresa atribui a prorrogação dos prazos à escassez de mão de obra, falta de matéria prima e morosidade nos aquisições de licenças para a legalização dos empreendimentos.
Fonte: SITE IG
Nenhum comentário:
Postar um comentário